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Química Nova na Escola
Vol. 35 Nº2
Maio de 2013

Editorial

Em março deste ano, a Diretoria da Sociedade Brasileira de Química aprovou a indicação dos novos editores da Química Nova na Escola: Wildson Luiz P. dos Santos (editor coordenador), Paulo Alves Porto e Salete Linhares Queiroz, e acrescentou dois editores temporários, com mandato tampão de um ano, para colaborarem na reestruturação da revista e na implementação de novas metas. Como editores temporários, foram indicadas as professoras Claudia M. Rezende (vice-presidente da SBQ) e Vera L. Pardini (editora de Química Nova).

Os três novos editores apresentaram plano de ação para a revista com as seguintes metas: ampliar a indexação em bases de dados nacionais e internacionais; manter a regularidade e pontualidade da publicação dos números da revista; reduzir o tempo médio de submissão dos manuscritos para seis meses; e desenvolver estudos de projeto para publicação de artigos de pesquisa em ensino de química de alto padrão acadêmico com impacto internacional. A diretoria da SBQ acrescentou como novas metas: buscar financiamento para a revista; gerar capilaridade, fazendo a revista chegar aos profissionais interessados; e utilizar novas ferramentas de tecnologia.

Os novos editores já estão em plena atividade e vêm trabalhando com afinco no processo de regularização do tempo de submissão para seis meses, meta essa que deverá ser alcançada para os novos processos a partir do segundo semestre. Os editores temporários têm contribuído com importantes sugestões para o aperfeiçoamento do processo editorial e com um primeiro processo de remodelagem do portal da revista, que terá interface para tablets, bem como no processo de ampliação da indexação da revista.

Temos certeza de que todas essas novas medidas vão consolidar os avanços que a Química Nova na Escola tem alcançado em seus 18 anos de publicação. A revista tem se pautado pela regularidade e pontualidade de publicação, sendo que, desde a sua primeira edição em 1995, nunca deixou de publicar um número.

Com o empenho das três últimas gestões de editores, houve a implantação de um processo de revisão editorial gerenciado com alto padrão de qualidade no mesmo nível de revistas bem qualificadas, de forma que a média de artigos aceitos tem sido de 46%. Em decorrência desse processo, houve um aumento do número de artigos submetidos: enquanto de 2001 a 2007, a média de submissão foi de 52 manuscritos por ano, de 2008 a 2012, a média passou para 123. A revista possui hoje a publicação on-line de artigos aceitos antes da publicação na edição dos números impressos e está indexada no sistema Edubase, além do Chemical Abstracts. Nos últimos anos, houve implantação de sistema de automação; emissão de parecer duplo cego; troca de pareceres finais entre assessores; implantação de questionário de avaliação; adoção de controle de farejadores de plágio; e melhora no sistema de informações da revista, atendendo a critérios de avaliação do Scielo, em cuja base de dados a Química Nova na Escola se encontra em processo de indexação.

Todas essas conquistas só foram possíveis graças à dedicação dos editores Eduardo Fleury Mortimer, Otavio Aloisio Maldaner e Marcelo Giordan. Nós, editores que assumimos a nova gestão, temos o compromisso de avançar nessas conquistas e consolidar o processo de qualificação e visibilidade da revista.

O presente número espelha o espírito de Química Nova na Escola, que apresenta artigos de educadores químicos e de químicos. A revista sempre apresenta reflexões sobre o processo de ensino e aprendizagem nas aulas de química, advindas de pesquisas em educação química, e contribuições do conhecimento químico para assegurar a qualidade do ensino de química no contexto da educação brasileira.

O artigo “Cotidiano e contextualização no ensino de química” traz uma importante reflexão sobre o processo de contextualização do ensino dessa área, contribuindo para uma revisão crítica sobre pressupostos epistemológicos e pedagógicos relacionados ao seu ensino. A adoção do princípio de contextualização está presente também no artigo “Amido: entre a ciência e a cultura” que apresenta o processo artesanal de obtenção da goma e do seu uso para fabricação de cola artesanal, bem como contribuições de conhecimentos científicos atuais para o estabelecimento do ensino contextualizado. Já o artigo “Toxicidade de metais em soluções aquosas: um bioensaio para sala de aula” propõe a utilização de um bioensaio simples e de baixo custo para abordar os efeitos de metais em soluções aquosas em diferentes concentrações. Os resultados obtidos com a atividade escolar possibilitam correlacionar a contaminação ambiental e suas consequências à saúde humana. Essa temática de saúde humana é também tratada nos artigos “A educação química e o problema da automedicação: relato de sala de aula” e “Conexões entre química e nutrição no ensino médio: reflexões pelo enfoque das representações sociais dos estudantes”.

Os demais artigos tratam tanto de pesquisas em educação química como de conhecimentos químicos, apresentando importantes sugestões de dinamização das aulas de química, as quais podem ser enriquecidas com as considerações apontadas no artigo “Improvisações teatrais no ensino de química: interface entre teatro e ciência na sala de aula”. Atividades didáticas podem também ser desenvolvidas a partir das conclusões dos artigos “Dificuldades de ensino e aprendizagem dos modelos atômicos em química” e “A análise do conhecimento pedagógico do conteúdo no planejamento de atividades com a utilização de modelos no ensino de química”. Ainda como sugestões de atividades de sala, temos a proposta de trabalho experimental do artigo “Construção de uma célula eletrolítica para o ensino de eletrólise a partir de materiais de baixo custo”.

Desejamos que esse conjunto de artigos mantenha a motivação e a persistência dos professores de levar adiante a tarefa de ensinar a química como ciência da transformação da vida. Essa é a chama que mantém o espírito de garra dos novos editores de Química Nova na Escola.

Os Editores.

 
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on-line ISSN 2175-2699
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