Poesia “comciência”: uma gota, o tempo, um químico “invisível” e um Machado
DOI: http://dx.doi.org/10.21577/0104-8899.20160369
Danilo Rosa Andrade
Wilmo Ernesto Francisco Junior
Espaço Aberto
Com o intuito de ampliar a discussão sobre os poemas na educação em ciências e, em química especialmente, este trabalho propõe um olhar analítico para aspectos linguísticos e estéticos das produções poéticas como caminho inicial para se pensar atividades didáticas. Com base em aproximações teóricas entre a ciência e os poemas, argumentam-se dois pontos de simetria, relacionados à nominalização e à imaginação (ou abstração do pensamento). Tais ideias foram exploradas a partir da discussão de dois textos poéticos, intitulados A gota e O tempo. Como desdobramentos, sugere-se que os professores reconheçam essas características, bem como exercitem a análise dos aspectos lexicais para que, a partir disso, possam desenvolver práticas de ensino mais bem estruturadas.
arte e ciência, poesia, ensino de química
PDF: Espaço Aberto
Modelos moleculares alternativos: uma proposta econômica e interdisciplinar para o ensino de Química e Matemática
DOI: http://dx.doi.org/10.21577/0104-8899.20160366
Rayanne P. W. Lima
Lilyane G. Figueiredo
Suzana G. Machado
Eloi A. S. Filho
Espaço Aberto
O ensino de Química e Matemática pode ser desafiador devido à necessidade de percepção visual e abstração. Uma estratégia para contornar essa problemática é o uso da interdisciplinaridade entre Química e Matemática com associação dos conhecimentos individuais de cada área, aplicados a um modelo físico. Neste trabalho é proposta a construção de um modelo molecular desmontável como uma alternativa prática e de baixo custo para auxiliar no ensino de geometria molecular em associação ao ensino de ângulos, trigonometria e geometria plana na Matemática. Além disso, o artigo propõe uma atividade prática em que os alunos desenham as geometrias moleculares no papel e constroem o modelo físico correspondente. Também é demostrado o cálculo prático da estrutura molecular da amônia (NH3) representado neste modelo físico, onde os comprimentos de ligações e seus ângulos foram utilizados para obtenção da altura e áreas relacionadas ao sólido geométrico proposto.
geometria, moléculas, ensino
PDF: Espaço Aberto
Infográfico Dinâmico: recurso técnico e semiótico para sistematização de conceitos científicos em um curso de formação de professores
DOI: http://dx.doi.org/10.21577/0104-8899.20160367
Lidiane P. Lança
Joana de J. de Andrade
Thiago B. Cavassani
Ensino de Química em Foco
O presente trabalho discute a proposição de um Infográfico Dinâmico (InD) em um curso de formação continuada de professores na modalidade do ensino remoto. O recurso consiste em imagens problematizadoras de ecossistema natural de modo a evidenciar a complexa inter-relação presente entre as diferentes espécies e determinado ambiente, analisadas à luz da Psicologia Histórico-Cultural (PHC) e dos estudos atuais da neurociência. Os resultados destacam as possibilidades pedagógicas proporcionadas pelo InD e sua relação com os possíveis modos de apropriação da ferramenta cultural digital. Finalizamos indicando o potencial do material pedagógico a ser replicado e aprimorado em novos contextos.
recurso digital, neurociências, psicologia histórico-cultural
PDF: Ensino de Química em Foco
Atitudes e intencionalidades com um jogo educativo formalizado: reflexões sobre a ação de um programa de formação do professor de Química
DOI: http://dx.doi.org/10.21577/0104-8899.20160368
Josilãna S. Nogueira
Wádila M. G. dos Santos
Eduardo L. D. Cavalcanti
Ensino de Química em Foco
Considerando as contribuições do lúdico no ensino de Química, assim como questões inerentes à formação de professores, a investigação aqui relatada se propôs a analisar as atitudes e intencionalidades que orientaram professores ao proporem um Jogo Educativo Formalizado (JEF) no ensino de Química, no âmbito do Programa Residência Pedagógica (PRP). Pela análise dos dados foi possível perceber que diferentes compreensões sobre o uso do jogo manifestadas pelos sujeitos envolvidos na ação didática influenciam na condução da ação planejada e na mediação necessária para o equilíbrio didático-lúdico, e, portanto, para que o potencial do JEF seja aproveitado. Consequentemente, entende-se a necessidade de consideração da temática do lúdico na estrutura curricular dos cursos de licenciatura e/ou nos programas de ensino dos componentes curriculares, com especial atenção à problematização e reflexão teórico-prática no contexto formativo.
ensino de Química, residência pedagógica, formação de professores
PDF: Ensino de Química em Foco
A educação para as relações étnico-raciais no ensino e na formação de docentes de Química: implicações do campo de estudos sobre a branquitude1
DOI: http://dx.doi.org/10.21577/0104-8899.20160365
Rhaysa Terezinha Gonzaga
Fábio Peres Gonçalves
Espaço Aberto
Diante da problemática da abordagem das relações étnico-raciais no Ensino de Química, o trabalho tem como objetivo discutir a educação para as relações étnico-raciais (ERER) no Ensino de Química e as implicações do campo de estudos sobre branquitude para a Educação, de modo geral, e sinalizar possibilidades de articular o campo de estudos sobre branquitude ao ensino e à formação de docentes de Química. O trabalho, que se caracteriza como um ensaio, versa sobre o processo de ascensão da branquitude e a presença desta na Educação. A partir dessa discussão, apresentam-se implicações da abordagem da branquitude no Ensino de Química na Educação Básica no estado de Santa Catarina, que tem cerca de 82% da população branca. Também são socializadas implicações na formação de docentes de Química. Conclui-se que é preciso refletir sobre os privilégios da branquitude e, com isso, colaborar para o enfrentamento do racismo na sociedade. São compartilhadas, ainda, interrogações para a pesquisa em Ensino de Química que contemplam os estudos críticos da branquitude.
educação para as relações étnico-raciais, racismo, educação antirracista
PDF: Espaço Aberto
Construção de uma casa sustentável: explorando desenvolvimento de projetos e abordagem STEM no novo Ensino Médio
DOI: http://dx.doi.org/10.21577/0104-8899.20160364
Guilherme Seminatti
Thiago B. Cavassani
Relatos de Sala de Aula
Poucos trabalhos na literatura discutem formas de implementação e resultados eventualmente alcançados no trabalho com projetos de ciências previstos na estrutura do novo Ensino Médio. Assim, este artigo consiste de um relato de experiência em que são discutidos os caminhos de implementação e os resultados obtidos no projeto de construção de uma casa sustentável (CS) do itinerário formativo “Meu Papel no Desenvolvimento Sustentável”. Fundamentado na abordagem STEM, os resultados salientam as oportunidades abertas ao trabalho interdisciplinar na aprendizagem de conceitos como separação de substâncias, nomenclatura e propriedades químicas. Destacamos o engajamento e a posição ativa dos estudantes durante o processo de aprendizagem, além dos meandros e dificuldades para a plena implementação do projeto. Com isso, espera-se contribuir com novos subsídios aos professores da educação básica que tenham a intenção de implementar a abordagem por projetos no novo Ensino Médio.
STEM, novo Ensino Médio, aprendizagem baseada em projetos, metodologia ativa
PDF: Relatos de Sala de Aula
Perfil Sustentável: Um jogo didático para o desenvolvimento da temática biogás
DOI: http://dx.doi.org/10.21577/0104-8899.20160363
Ana C. Lazaroto
Eduardo V. Masetto
Claudia A. Fioresi
Fernanda O. Lima
Clovis Caetano
André L. Gallina
Letiére C. Soares
Ensino de Química em Foco
O biogás é um biocombustível produzido a partir da degradação da matéria orgânica na ausência de oxigênio e vem ganhando destaque devido ao aproveitamento da biomassa para produção de energia. Buscando inserir esta temática na escola, elaboramos um jogo didático, intitulado Perfil Sustentável, que visa estimular a construção de senso crítico a partir de aspectos ambientais, sociais e culturais por meio de situações-problema. O jogo foi testado e validado, e, após seu desenvolvimento, algumas melhorias sugeridas foram implementadas, tais como: aumentar o número de grupos, promovendo maior participação; classificar as cartas em categorias para facilitar a interpretação das dicas; retomar os perfis que não foram acertados ao final do jogo para sanar as dúvidas remanescentes. Este jogo é uma ferramenta para auxiliar no ensino e aprendizagem, possibilitando a abordagem de questões relacionadas à realidade coletiva da sociedade, além de estimular as discussões em grupo.
biocombustíveis, ensino de ciências, lúdico
PDF: Ensino de Química em Foco
A química do vinho no Egito Antigo: a Lei 10.639/03 no ensino remoto
DOI: http://dx.doi.org/10.21577/0104-8899.20160362
Fernando R. Costa
Thatianny A. L. Silva
Marysson J. R. Camargo
Anna M. Canavarro Benite
Ensino de Química em Foco
O vinho é uma contribuição científico-tecnológica que possui origem em território africano, no Egito Antigo, isto é, em Kemet. Nesta investigação buscamos discutir e analisar a química do vinho em Kemet e os aspectos das representações midiáticas com a implementação da Lei 10.639/03 no ensino remoto, com estudantes da educação básica, no projeto Afrocientista, que buscou reeducar numa perspectiva antirracista. Com elementos de uma pesquisa afrocêntrica, contou-se com a participação de estudantes oriundos da escola pública e de periferia da Grande Goiânia, Goiás. Os resultados dão indícios que é possível discutir os aspectos históricos, culturais e midiáticos sobre os conhecimentos químicos do vinho kemético, tais como as técnicas de preparo, armazenamento, composição, com destaque ao protagonismo pioneiro africano nas ciências e tecnologias, apesar das limitações do ensino remoto.
química do vinho, ensino remoto, lei 10.639/03, kemet
PDF: Ensino de Química em Foco
Elementos do Ensino por Investigação em atividades elaboradas por licenciandos em Química
DOI: http://dx.doi.org/10.21577/0104-8899.20160361
Jean M. S. Menezes
Sidilene A. Farias
Ensino de Química em Foco
Compreendendo a importância do Ensino por Investigação (EI) no processo educativo, o objetivo desta pesquisa foi analisar elementos investigativos em atividades elaboradas por licenciandos em Química de Instituições de Ensino Superior públicas de Manaus, AM. Participaram da oficina 11 graduandos, cujas produções didáticas foram analisadas por meio do instrumento Diagnóstico de Elementos do Ensino de Ciências por Investigação (DEEnCI) e da Análise Textual Discursiva. Percebeu-se que os licenciandos entendem a importância que o EI possui e destacaram que tiveram contato com a estratégia de ensino somente em disciplinas de caráter pedagógico, sendo as disciplinas de conteúdo específico ainda ministradas totalmente de maneira tradicional. Os elementos do EI mais evidentes nos planos elaborados foram a definição da situação-problema, dos procedimentos e a coleta de dados e envolvimento dos alunos durante a atividade.
ensino de Química, formação de professores, ensino por investigação
PDF: Ensino de Química em Foco
Cinética química - um olhar sobre a literatura entre 1983 e 2021
DOI: http://dx.doi.org/10.21577/0104-8899.20160356
Lucas F. D. S. Souza
Albino O. Nunes
Anne G. D. Santos
Yair P. Contreras
Cadernos de Pesquisa
A cinética química é considerada por muitos estudantes como algo complexo e de difícil compreensão devido a diversos fatores. Assim, neste artigo visamos analisar o atual cenário sobre as pesquisas e propostas didáticas que abordam o ensino de cinética química. Para tanto, foi realizado um estado do conhecimento em 19 periódicos da Ibero-América. Os dados encontrados foram analisados por Análise de Conteúdo, segundo Bardin (2011), e análise textual por meio do software IRAMUTEQ. Os trabalhos foram classificados em três categorias: investigações em sala de aula, aspectos conceituais e propostas de ensino. A maior parte dos trabalhos é de investigações em sala de aula, em sua maioria na educação básica, investigando as concepções de alunos, sendo a experimentação a principal proposta de ensino. A análise com o IRAMUTEQ corrobora a análise de conteúdo no que diz respeito às temáticas que são discutidas com maior frequência nos trabalhos, as propostas de ensino e o contexto. A pesquisa aqui discutida consegue nortear os caminhos trilhados pelos trabalhos que envolvem a educação e ensino de química, no que tange ao conteúdo de cinética química, a qual poderá servir de suporte para futuros trabalhos acadêmicos a fim de sanar possíveis lacunas que existam na construção do conhecimento ou ampliar os saberes em relação a esse conteúdo.
cinética química, estado do conhecimento, ensino
PDF: Cadernos de Pesquisa
A nucleossíntese estelar e os elementos químicos essenciais para a vida
DOI: http://dx.doi.org/10.21577/0104-8899.20160360
Luana R. da Conceição
Roberto Ortiz
Atualidades em Química
A nucleossíntese estelar é o principal mecanismo formador dos elementos químicos no Universo. Diferentes tipos de reações nucleares de fusão ocorrem nas várias fases evolutivas das estrelas de diferentes massas. Neste artigo, descrevemos alguns dos principais mecanismos de síntese nuclear em estrelas e as abundâncias dos elementos formados. Em seguida, fazemos uma breve discussão sobre a formação e evolução terrestre e suas consequências para a abundância de elementos químicos na Terra e nos seres vivos. As moléculas da vida são formadas principalmente por hidrogênio, carbono, oxigênio e nitrogênio que, juntamente com o hélio, constituem-se nos elementos químicos mais abundantes no Sol e no Universo como um todo. Entre os 24 elementos químicos considerados essenciais para os organismos vivos, somente seis deles possuem Z > 28. Além de serem mais abundantes, hidrogênio, carbono, oxigênio e nitrogênio possuem características versáteis que favorecem a formação de diversas moléculas da vida, tais como aminoácidos, açúcares, ácidos graxos, etc. Os demais elementos essenciais para a vida ocorrem em concentrações bem menores, assim como sua disponibilidade no meio ambiente.
astroquímica, abundâncias químicas, astrobiologia
PDF: Atualidades em Química
Motivation to learn through interactive lectures: a chemistry research popularization
DOI: http://dx.doi.org/10.21577/0104-8899.20160351
Kenia Naara Parra
Franciani Cássia Sentanin
Ana Cláudia Kasseboehmer
Cadernos de Pesquisa
Science popularization projects have been studied from different points of view and theories. However, little is known about how they can affect the motivation to learn. In the present study, the contribution of interactive lectures to motivation to learn chemistry in public school students was analyzed. Four interactive lectures were developed from the partnership between the authors of the present study as science communicators and different research groups of a public university in Brazil. The lectures were presented in a science museum and in the university to around 150 students of three public schools during one year and were analyzed through the Self-Determination Theory. The Intrinsic Motivation Inventory revealed that the lectures promoted the interest, value of chemistry, effort and perceived choice to the detriment of the sense of pressure to learning chemistry. The interviews also showed that the students became more interested and dedicated in chemistry. The results foment the potential of the interactive lectures for motivation to learn and the responsibility of public universities with science popularization projects.
lectures of chemistry, science popularization, self-determination theory
PDF: Cadernos de Pesquisa
Uma proposta de instrumento para avaliação de perfis epistemológicos de densidade com teste em três camadas
DOI: http://dx.doi.org/10.21577/0104-8899.20160357
Viviane F. de Melo
Amanda Amantes
Cadernos de Pesquisa
Neste trabalho, descrevemos como aliamos um instrumento de coleta de dados em três camadas à noção do perfil epistemológico. Testes em três camadas são instrumentos compostos por três níveis de aferição do conhecimento, chamados de camadas. A primeira camada apresenta um item por meio do qual o aluno deve explicitar se apresenta o conhecimento em questão. Na segunda, o estudante é indagado acerca da explicação sobre o conhecimento do item anterior; na terceira o respondente é convidado a explicitar o grau de confiança que sente em relação às suas respostas às duas camadas anteriores. O uso de testes em camadas possibilita obter a praticidade de testes de múltipla escolha aliada à possibilidade de realizar inferências sobre o raciocínio do estudante. Para avaliar perfis epistemológicos por meio do teste em três camadas desenvolvemos três tipos de questões: i) questões de iniciação, ii) questões legítimas e iii) questões híbridas. Por meio dessas questões é possível evidenciar como a escolarização atua no processo de construção desses perfis. Essas informações são úteis para planejamentos de currículo, ensino e avaliação. Ademais, itens como os aqui apresentados podem ser utilizados como instrumentos de avaliação diagnóstica para informar ao professor em qual zona o estudante se encontra dentro da teoria. De posse dessas informações, professores podem orientar seus planejamentos de ensino de modo a auxiliar os estudantes na construção de zonas de seus perfis epistemológicos.
perfil epistemológico, teste em três camadas, instrumento de medida
PDF: Cadernos de Pesquisa