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Química Nova na Escola
Vol. 31 No1
Fevereiro de 2009

Editorial

O início de 2009 coincide com implosões de setores da economia globa- lizada que têm deixado muitos analistas confusos. Mesmo que as previsões econômicas não sejam piores do que se podia imaginar, não podemos deixar escapar de nossa atenção o crescente interesse que os economistas têm ma- nifestado sobre avaliação e desempenho escolar. Suas contribuições apóiam- se em métodos estatísticos que, via de regra, sustentam correlações entre variáveis macrométricas, como recursos financeiros investidos na formação de professores, e variáveis micrométricas, como o desempenho dos alunos em exames nacionais. Certamente, há o que se discutir sobre razões construídas para justificar esse ou aquele comportamento da curva de investimento em função do desempenho escolar, mas nem sempre é essa a tônica do debate. As contribuições do campo da economia são importantes e necessárias para aprofundarmos nossos conhecimentos sobre muitos problemas educacionais, mas é preciso ter em mente que os fenômenos educacionais não se reduzem a correlações de variáveis medidas em contextos tão distantes. Do ponto de vista dos educadores químicos, queremos nos posicionar pela manutenção e ampliação dos programas de investimento de recursos na Educação que levem à universalização do acesso e à crescente qualidade educacional e, para isso, é também importante ter em consideração as contribuições de investigações circunscritas às situações das salas de aula, dos programas de formação de pro- fessores e dos muitos outros espaços de produção do conhecimento escolar. Estamos convictos de que a linha editorial da Química Nova na Escola fomen- ta discussões profícuas para vivermos melhores dias na educação brasileira e, nessa direção, estamos implantando neste ano algumas alterações que visam ampliar o acesso, melhorar a qualidade de nossa publicação, além de atribuir- lhe nova forma de designação. Anualmente, organizaremos pelo menos um número com artigos versando sobre um tema comum. Com isso, pretendemos sistematizar algumas discussões que já estejam amadurecidas no seio da co- munidade. Colocamos em funcionamento, no final de dezembro, o sistema de prelo eletrônico que permite anunciar ao leitor os manuscritos já aprovados e que aguardam a publicação do novo número. Essa medida visa estimular e ampliar a visibilidade do debate na comunidade, antecipando o acesso aos artigos. A partir deste número 31, passaremos a organizar os números em volumes e fascículos, iniciando uma nova forma de referência aos artigos publicados. Com essa medida, atenderemos a requisitos necessários para indexar Química Nova na Escola em outros sistemas. Contamos também com uma gerência editorial, a cargo da professora Luciana Caixeta Barboza, na qual concentraremos nossa atenção em buscar recursos e meios para fortalecer a revista. Neste número, o leitor poderá refletir sobre a aprendizagem escolar do conceito de solubilidade quando as atividades de ensino são organizadas a partir de situações cotidianas. Terá chance de conhecer alguns filmes que retratam a ciência e o cientista no cinema desde seu surgimento até os dias atuais e poderá pensar em organizar situações de ensino a partir deles. Outro tema importante ao qual nos tornamos a debruçar é o meio ambiente: dessa vez, por meio de considerações sobre a avaliação de águas naturais a partir de parâmetros físicos e químicos, acompanhando uma proposta de educação química e ambiental na perspectiva CTSA. Outro assunto com foco ambiental são as representações sociais de estudantes de graduação exatamente sobre Química Ambiental. De especial interesse para os professores dedicados aos experimentos de laboratório é o artigo sobre preparação de biodiesel a partir de óleo de soja e etanol. Além desses, outros artigos aguardam-no para uma leitura atenta e compromissada com a superação das dificuldades da nossa Educação.
Os Editores e Editor Associado

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impreso ISSN 0104-8899
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