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Química Inorgânica e Medicina

Editorial

Conselho Editorial e Editores Convidados

 

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Introdução

Heloísa Beraldo

 

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Contribuições da Química Inorgânica para a Química Medicinal

Heloisa Beraldo

Química Medicinal, Química Inorgânica

Sabemos que a Química Orgânica tem feito inúmeras contribuições para a Medicina, através da descoberta de princípios ativos, do planejamento e da síntese de fármacos. No entanto, a Química Inorgânica tem igualmente papel importante, tanto na clínica quanto na pesquisa e no desenvolvimento de novos medicamentos, como veremos neste Caderno Temático. Mostramos aqui algumas possibilidades de intervenção da Química Inorgânica na Química Medicinal, através de exemplos de compostos inorgânicos em uso clínico ou que estão sob investigação, bem como de compostos orgânicos cujo mecanismo de ação envolve a interação com um metal.

 

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Suplementação de Elementos-Traços

Enrique J. Baran

elementos-traços, suplementação, Farmacologia

Neste artigo são apresentados alguns aspectos gerais relacionados às funções e ao caráter essencial de sistemas inorgânicos fundamentais para o desenvolvimento correto e balanceado dos processos fisiológicos e metabólicos nos seres vivos. Sabe-se que deficiências de elementos-traços essenciais dão origem a várias desordens fisiológicas e doenças. Assim, a suplementação desses elementos transformou-se em um tema de crescente importância na Farmacologia moderna, e a Química Inorgânica Medicinal propõe diferentes metodologias e vias para que os processos de suplementação sejam cada vez mais efetivos e potentes. Essas metodologias são ilustradas com exemplos que envolvem a suplementação de ferro, zinco, cobre, cromo, magnésio, selênio e alguns outros elementos minoritários.

 

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A Química Inorgânica na Terapia do Câncer

Ana Paula Soares Fontes, Eloi Teixeira César e Heloisa Beraldo

Química Inorgânica Medicinal, antitumorais, complexos de platina

O cancêr é uma das doenças mais importantes na atualidade, constituindo a segunda maior causa de mortes nos países industrializados depois das doenças cardiovasculares. A introdução, a partir de 1978, do complexo cis-diaminodicloroplatina(II), de nome comercial "cisplatina", na quimioterapia do câncer, representou um marco na história da Química Inorgânica Medicinal, e constituiu um importante avanço no tratamento de diversos tipos de tumores. Desde então, desenvolveu-se uma intensa busca por novos complexos metálicos que também apresentassem atividade antitumoral, o que levou à descoberta de outros complexos de platina que atualmente são utilizados em clínica médica. Neste artigo são discutidos os mecanismos de ação farmacológica desses compostos, que estão relacionados à ligação da platina com as bases nitrogenadas do DNA. Mostraremos que complexos de outros íons metálicos também podem apresentar atividade antitumoral, apesar de ainda não serem utilizados na clínica.

 

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A Química Inorgânica no Planejamento de Fármacos Usados no Controle da Hipertensão

Washington Xavier de Paula, Ruben Dario Sinisterra, Robson Augusto Souza dos Santos e Heloisa Beraldo

hipertensão, Química Inorgânica, enzima conversora da angiotensina, nitroprussiato

Diversas classes de drogas são usadas para o tratamento da hipertensão, e muitas delas interagem com metais, como os diuréticos, os bloqueadores de canais de cálcio e os inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA). Esta enzima contém um átomo de zinco em sua estrutura e os anti-hipertensivos inibidores da ECA podem agir através da coordenação ao zinco. O nitroprussiato de sódio - um complexo de ferro com ligantes cianeto e nitrosila - é usado clinicamente nas emergências hipertensivas e provoca vasodilatação pela liberação de óxido nítrico, NO.

 

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Novas Embalagens para Medicamentos à Base de Antimônio Usados no Tratamento de Leishmaniose e Esquistossomose

Cynthia Demicheli e Frédéric Frézard

antimônio, lipossomas, leishmaniose, esquistossomose

Apresentaremos neste artigo as doenças parasitárias que se beneficiam da quimioterapia antimonial, alguns aspectos da farmacologia dos medicamentos à base de antimônio, as principais limitações do trata- mento atual e novas alternativas terapêuticas.

 

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A Utilização do Elemento Tecnécio-99m no Diagnóstico de Patologias e Disfunções dos Seres Vivos

Elaine Bortoleti de Araújo

radiofármacos, tecnécio-99m, Medicina Nuclear, complexação

Radiofármacos são fármacos radioativos utilizados no diagnóstico ou tratamento de patologias e disfunções do organismo humano. Vários radioisótopos são utilizados na preparação de radiofármacos, entre os quais o tecnécio-99m (99mTc), que apresenta características físicas ideais para aplicação em Medicina Nuclear Diagnóstica. Uma vez administrado ao paciente, o radiofármaco deposita-se no órgão ou tecido alvo e imagens podem ser adquiridas a partir da detecção da radiação proveniente do paciente, utilizando-se equipamentos apropriados. Trata-se de um procedimento não invasivo, que possibilita avaliações anatômicas, morfológicas e funcionais. O radionuclídeo 99mTc é obtido a partir do decaimento radioativo de outro radionuclídeo, molibdênio-99m (elemento pai), podendo ser facilmente disponibilizado, no ambiente hospitalar, a partir de geradores de 99Mo-99mTc. O tecnécio-99m pode ligar-se a diferentes substratos ou ligantes, por reação de complexação, originando radiofármacos com afinidade por diferentes órgãos, sistemas ou receptores no organismo. O conhecimento da química de complexação do elemento tecnécio é de extrema importância para o desenvolvimento destes radiofármacos.

 

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Sociedade Brasileira de Química © 2024

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