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Química Nova na Escola
Vol. 31 No4
Novembro de 2009

Editorial

Chegamos ao fim de mais um ano apresentando Química Nova na Escola no auge de seu vigor científico e educativo, vigor esse típico de quem atravessa com grandes e profundas transformações a chamada “idade de transição”. No próximo ano, completaremos 15 anos de publicação e certamente nosso début científico terá se completado com novas e necessárias adaptações ao cenário nacional e internacional da divulgação da pesquisa em Educação em Química. Iniciamos 2009 com o pleno funcionamento do sistema online de submissão, avaliação e publicação de artigos. Contamos agora com o ISSN online que pode ser consultado na página web da revista. O prelo eletrônico mostrou-se ferramenta importante para antecipar à comunidade o debate que suscitam os artigos publicados. Estamos em tratativas para indexar Química Nova na Escola em novos sistemas eletrônicos de indexação, o que garantirá atribuir a cada artigo publicado um identificador de objetos digitais (DOI, do acrônimo inglês). Abrir a coleção completa de Química Nova na Escola para acesso gratuito online foi uma medida democrática que atende aos interesses da educação brasileira, mas também se mostrou decisão acertada para ampliar a visibilidade no competitivo campo das publicações científicas. Dessa forma, consideramos essencial traçar novas metas para aprofundar o processo de divulgação de Química Nova na Escola nos meios digitais e, para isso, contamos com a imprescindível colaboração de leitores, autores e assessores, todos nós atores engajados em comunidades reais que se fortalecem com os laços que criamos na virtualidade da Rede Mundial de Computadores. Não podemos deixar de comentar o vazamento da prova do Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM). Em Editorial recente, refletimos sobre diversos aspectos que circundam a propositura do novo exame, mas não demos atenção às questões logísticas que perpassam todo o processo de aplicação de provas a mais de quatro milhões de jovens. Entendíamos que a experiência do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) na formulação de políticas, sistemas e processos de avaliação seria suficiente para corrigir o açodamento do Ministério da Educação em promover as necessárias e complexas mudanças no exame. Infelizmente, não foi o que se verificou quando pessoas inescrupulosas furtaram exemplares da prova e frustraram milhões de alunos, professores e pais. É preciso ir fundo nas mudanças propostas e modernizar a aplicação do ENEM, buscando construir alternativas que flexibilizem e, simultaneamente, democratizem o acesso à realização do exame. Parece-nos que buscar soluções nas tecnologias digitais de modo que se permita ao aluno aplicar-se ao exame em períodos de tempo mais espaçados poderia minimizar não apenas o estresse, mas também os riscos de segu- rança inerentes a qualquer processo que dura meses e envolve milhões de pessoas. Estamos solidários com alunos, professores e pais nesse momento de frustração pelo qual passamos, e exortamos todos a nos mobilizarmos pelo aperfeiçoamento desse necessário e complexo instrumento de avaliação. Como de costume, lançamos neste número a chamada de artigos para publi- cação na edição de maio do próximo ano, de acordo com o tema da Reunião Anual da SBQ, que será “Química, construindo um futuro melhor”. Convidamos a comuni- dade a enviar textos que articulem as contribuições da Educação em Química sobre essa temática que afeta diretamente a qualidade da educação, na medida em que nossas ações como educadores químicos perpassam nossa atuação não apenas nas universidades, mas também nas escolas. Muitos aspectos sobre a formação nessas instituições e sua articulação com o desenvolvimento tecnológico e social certamente poderão ser tratados à luz do ensino e da pesquisa na área. Destacamos neste número o tema da Educação a Distância apresentado no artigo ‘A Leitura dos Estudantes do Curso de Licenciatura em Química’. Com ele, podemos refletir sobre essa atividade central em qualquer programa de formação, especialmente naqueles cuja mediação se realiza por meio das linguagens gráficas. Uma importante discussão conceitual sobre calor em uma perspectiva atômico- molecular é apresentada em ‘Processos Endotérmicos e Exotérmicos’, o que nos convoca a trilhar o difícil caminho da construção de modelos, considerando a arti- culação macroscópico e submicroscópico. Ainda no quesito mundo das partículas, saberemos quais ideias têm os alunos do Ensino Médio sobre a estrutura atômica e a formação de íons. Poderemos comparar alguns aspectos dos processos aeróbio e anaeróbio de processos digestivo por meio de dois relatos de pesquisa em sala de aula. A tod@s, uma ótima leitura!
Editores e Editor Associado

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impreso ISSN 0104-8899
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