...e, Química Nova na Escola chega ao número 10. Os números redondos exercem certo encanto em muita gente! Estamos num deles, que é inclu- sive nossa mais usual base de numeração. Há outras possibilidades, como a numeração duodecimal, que torna mais prático o uso da dúzia que o da dezena, mas isso não é assunto, agora. Este número é de festa por chegar- mos ao Dez, e porque, afinal de contas, gostamos de comemorações — basta ver a imensa badalação com a chegada do novo milênio... que nós Ocidentais referimos como se fosse algo universal, como se todos os povos seguissem calendários baseados na chamada era cristã. Chegar ao número Dez merece reflexões e estas são feitas quando nós editores associados olhamos a revista junto com as leitoras e os leitores. No último número, o presidente da SBQ comentava as dificuldades de se fazer uma revista como a nossa. Essas dificuldades, por nós sentidas, se acentuaram a partir do número 7, e conjugaram-se em duas dimensões: uma foi a extinção do Subprograma Educação para a Ciência (SPEC), vinculado ao Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PADCT), objeto do editorial do número 8, e outra a saída de dois editores. A redução de recursos disponíveis decorrente da extinção do SPEC determinou, entre outras exi- gências, que as revistas fossem produzidas exclusivamente por correio eletrô- nico, com as dificuldades que se pode imaginar. A saída de dois editores, entre os quais o nosso editor-chefe, trouxe desacertos internos e externos. Não negamos que isso tenha trazido problemas para alguns autores. Pedimos escusas pelo ocorrido e garantimos que a editoria da SBQ e nós editores da revista estamos procurando acertar. Percalços de lado, um exame dos dez primeiros números mostra que, ape- sar de tudo, foi possível melhorar a qualidade da revista, mesmo que tenhamos perdido assinantes devido à crise financeira por que passa a população brasileira. Conseguimos não só manter as seções previstas originalmente, mas também abrir novas seções como “Educação em química e multimídia” e “Espaço aberto”. A receptividade de uma e outra nos mostram o acerto dessas inserções. Por outro lado, apesar de a revista ser semestral, é significativo o quanto a seção “Atualidades em química” tem conseguido manter nossos leitores em dia com novidades diversas pertinentes a nossa revista. Conseguimos também ampliar o número de autores colaboradores da revista, diversificando suas instituições, seus estados de origem e seu nível de formação, e diminuindo gradativamente a nossa participação como autores. Entretanto, ainda é minori- tária a participação de professoras e professores do ensino fundamental e médio, aos quais conclamamos para que submetam artigos, pois só assim teremos uma Química Nova na Escola efetivamente ‘da Escola’. Em algumas seções, a periodicidade semestral da revista torna grande demais a espera por uma oportunidade de publicação. Em outras, mesmo com essa periodicidade temos tido mais dificuldades na busca de novos autores. A propósito, é sempre desejável que os autores, ao submeter os artigos, explicitem a seção na qual o artigo deve ser publicado. Cada artigo submetido é analisado por pelo menos dois pareceristas, sendo que estes não são necessariamente do corpo de editores. Os artigos que necessitam de modificações são reencaminhados com sugestões dos pareceristas para que sejam adaptados às recomendações feitas e às exigências da revista. Naturalmente isso muitas vezes não ocorre sem dificuldades. Anunciamos para o número 11 um conjunto de índices dos dez primeiros números, por autor, por seção e por palavras-chave. Esperamos que isso seja de utilidade para os leitores e as leitoras na consulta ao material até aqui publicado. Na alegria de mais uma vez termos a adesão de cada leitora e cada leitor a nosso sonho de fazermos com a química transformações na educa- ção, desejamos que este número de Química Nova na Escola seja uma útil ferramenta para a realização desse sonho.
Editoras e Editores Associados