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Química Nova na Escola
Vol. 35 No4
Novembro de 2013

Editorial

Química Nova na Escola tem como missão: publicar artigos com resultados de pesquisa da área de ensino de química e de pesquisadores de química, com os propósitos de se constituir em um espaço aberto ao professor de química da educação básica, suscitando debates e reflexões sobre o ensino e a aprendizagem de química; e veicular resultados de pesquisa e reflexões teóricas acadêmicas de investigações empíricas ou teóricas originais de ensino de química.http://qnesc.sbq.org.br/site/sg/edicoes_form.php?a=&idEdicao=51

Dessa  forma,  a  QNEsc  tem  atendido  a  um  duplo público: os professores de química e a comunidade de pesquisadores  em  educação  em  química.  Com  a  expansão dos programas de pós-graduação em ensino de ciências, tem sido crescente a demanda por publicações de artigos acadêmicos na área. Nesse sentido, a QNEsc tem intensificado a publicação de artigos de pesquisa em ensino de química e, para o próximo ano, os editores estão organizando  a  publicação  de  Cadernos  de  Pesquisa  da QNEsc, os quais terão como objetivo central disseminar a pesquisa nacional na área e aperfeiçoar a qualidade das investigações, contribuindo para consolidar e qualificar as pesquisas em ensino de química.

As contribuições da área de pesquisa em ensino de química vêm sendo longamente destacadas em artigos da Profa. Roseli Pacheco Schnetzler e, recentemente, foram sumarizadas  em  artigo  do  Número  Especial  da  revista Química  Nova  –  Química  Sem  Fronteiras  (A  pesquisa em ensino de química como área estratégica para o desenvolvimento da química. Química Nova, v. 36, n. 10,
p.  1570-1576). As  contribuições  de  nossas  pesquisas veiculadas na QNEsc têm, sem dúvida, contribuído para a construção de novas práticas de ensino de química no Brasil, e esperamos que a ampliação desse espaço de pu-blicações, na forma dos Cadernos de Pesquisa da QNEsc, venha a fortalecer as nossas pesquisas.

No final da década de 1960, o conceito de interdisciplinaridade no ensino começou a ter maior impacto no Brasil e, desde então, vem sendo amplamente debatido, tendo ganhado força na prática de professores de química. A sua aceitação pode também ser verificada na base legal dos cursos de graduação e, de maneira ainda mais específica, nas licenciaturas. De fato, enquanto as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de química afirmam que “para que se prepare um bom profissional da química, os cursos precisam se estruturar de forma a possibilitar a  formação  interdisciplinar  requerida  do  profissional/cidadão”, as Diretrizes Curriculares para a Formação de Professores da Educação Básica preveem que os projetos político-pedagógicos  dos  cursos  de  formação  docente devem considerar “as competências referentes ao domínio dos conteúdos a serem socializados, aos seus significados em diferentes contextos e sua articulação interdisciplinar”.

Tendo  em  vista  a  relevância  e  a  abrangência  da  temática da interdisciplinaridade no âmbito do ensino de química, é com satisfação que convidamos os leitores de Química Nova na Escola a se embrenharem na leitura de três artigos que remetem ao assunto: Relato de uma experiência pedagógica interdisciplinar: experimentação usando como contexto o Rio Capibaribe, A gota salina de  Evans:  um  experimento  investigativo,  construtivo  e interdisciplinar  e  Determinação  do  teor  alcoólico  de vodcas: uma abordagem multidisciplinar no ensino da física, química e matemática.

A exploração dos saberes populares que, assim como a interdisciplinaridade, também tem sido alvo de atenção de professores e pesquisadores nos anos recentes, é exemplificada,  no  contexto  do  ensino  de  química,  no  artigo Saberes regionais amazônicos: do garimpo de ouro no Rio Madeira (RO) às possibilidades de inter-relação em
aulas de química/ciências. Nessa perspectiva, o trabalho traz à tona conhecimentos relacionados ao processo do garimpo, explorando aspectos científicos relacionados a ele, sem menosprezar os saberes populares.

Por  fim,  destacamos,  na  seção  Atualidades  em Química,  o  artigo  O  Prêmio  Nobel  de  Química  2013, que  foi  concedido  a  Martin  Karplus,  Michael  Levitt  e Arieh Warshel, pioneiros no desenvolvimento de modelos computacionais multiescala para sistemas químicos complexos. A leitura do texto, de caráter extremamente didático, auxiliará o leitor no entendimento do campo de atuação dos laureados.

Desejamos a todos uma ótima leitura!

Os editores

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on-line ISSN 2175-2699
impreso ISSN 0104-8899
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