Expediente/Sumário
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Histórias de Eugênias
DOI: http://dx.doi.org/10.5935/0104-8899.20140030
Mansur Lutfi
Nídia Franca Roque
Química e Sociedade
O intertexto Histórias de Eugênias conta a saga da especiaria cravo-da-índia utilizando relatos encontrados na historiografia, permeados pela imaginação dos autores deste artigo. Para fazerem elo do passado com o presente, criaram-se as figuras femininas das Eugênias. Participam da trama dessa instigante e didática história a menina molucana Eugênia, do século XVI, a estudante de química baiana Eugênia, do século XXI, e os botões florais róseos da Eugenia caryophyllata (Thunb). Elas constroem a inter-relação de fatos históricos e do espaço social e geográfico com o conhecimento das atividades biológicas e da estrutura química do eugenol, principal componente do óleo volátil dos botões florais do craveiro-da-índia. A história pode ser empregada como material didático nos cursos de licenciatura das ciências envolvidas.
ensino contextualizado, cravo-da-índia, eugenol, Molucas
PDF: Química e Sociedade
Obstáculos Epistemológicos no Ensino-Aprendizagem de Química Geral e Inorgânica no Ensino Superior: Resgate da Definição Ácido-Base de Arrhenius e Crítica ao Ensino das “Funções Inorgânicas”
DOI: http://dx.doi.org/10.5935/0104-8899.20140031
Leonardo A. Silva
Ariane L. Larentis
Lúcio A. Caldas
Manuel G. L. Ribeiro
Rodrigo V. Almeida
Marcelo H. Herbst
Conceitos Científicos em Destaque
Este trabalho problematiza o tópico “funções inorgânicas” presente em livros e cursos de química geral a partir da noção bachelardiana de obstáculo epistemológico. Essas funções (ácido, base, óxido e sal) se confundem quando abordamos a definição ácido-base de Arrhenius: há óxidos que reagem como ácidos ou bases e igualmente ocorre com os sais. O acúmulo de classificações quanto à composição faz com que as definições não só se confundam como causem distorções ao aprendizado. Afinal, os termos acidez e basicidade são relativos à reatividade e não à composição. Num questionário, respondido por graduandos do curso de química, foram detectados os obstáculos relacionados às “funções inorgânicas” e à definição ácido-base de Arrhenius. As origens desses obstáculos são atribuídas tanto à qualidade dos livros-textos do ensino médio como à falta de discussão sobre os aspectos epistemológicos dos tópicos incluídos nos conteúdos programáticos dos cursos de química no ensino superior.
funções inorgânicas; obstáculos epistemológicos; definições ácido-base
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História da Ciência no Estudo de Modelos Atômicos em Livros Didáticos de Química e Concepções de Ciência
DOI: http://dx.doi.org/10.5935/0104-8899.20140032
Lígia M. Martinho Pereira Chaves
Wildson Luiz Pereira dos Santos
Maria Helena da Silva Carneiro
História da Química
Neste artigo, é apresentada a análise de concepções de ciência reveladas nos conteúdos do histórico dos modelos atômicos de Dalton, Thomson e Rutherford-Bohr dos seis livros didáticos (LD) de química do Programa Nacional do Livro Didático do Ensino Médio (PNLEM/2007). Trata-se de pesquisa quantitativa e qualitativa, realizada por meio de revisão bibliográfica sobre a abordagem da história da ciência (HC) no ensino de ciências, bem como dos conteúdos supramencionados a partir de trabalhos historiográficos que tiveram acesso a documentos originais. Na análise dos LD, identificou-se uma abordagem da HC que revela uma concepção de ciência predominantemente dogmática, construída de forma linear, acumulativa e anistórica. Apenas dois LD apresentam movimento de inovação com diferencial na abordagem histórica, todavia também reproduzem uma concepção dogmática da ciência. Essas constatações demonstram a necessidade do desenvolvimento de mais estudos sobre a inclusão da HC em LD de química.
história da ciência, ensino de ciências, livro didático de química, modelos atômicos
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Prêmio Nobel de Química 2014: Usando Moléculas Fluorescentes para Transformar a Microscopia em Nanoscopia
DOI: http://dx.doi.org/10.5935/0104-8899.20140033
René Alfonso Nome Silva
Atualidades em Química
O Prêmio Nobel de Química de 2014 foi conferido aos cientistas Eric Betzig, Stefan Hell e William E. Moerner pelo desenvolvimento da microscopia de fluorescência super-resolvida. Este artigo discute o contexto desse desenvolvimento desde o limite de resolução de microscópios óticos até o uso das propriedades fluorescentes de moléculas para superar a barreira física da resolução em microscopia, transformando-a efetivamente em uma técnica ótica de resolução de nanômetros: a nanoscopia.
fluorescência, moléculas individuais, microscopia
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A Importância do PIBID para a Realização de Atividades Experimentais Alternativas no Ensino de Química
DOI: http://dx.doi.org/10.5935/0104-8899.20140034
Kleyfton S. da Silva
Mayrane C. M. do Nascimento
Enaura F. V. de Siqueira
Karla C. H. dos Santos
Maria R. C. Alves
Fernando M. de Oliveira
Alan J. D. de Freitas
Johnnatan D. de Freitas
Relatos de Sala de Aula
Este texto apresenta os resultados da aplicação e análise de atividades experimentais de química ministradas para alunos do ensino médio em uma escola pública, localizada na cidade de Maceió (AL), por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID. A análise ocorreu inicialmente a partir de testes experimentais realizados com materiais e equipamentos presentes no laboratório da escola, com materiais alternativos de fácil acesso e, posteriormente, com a aplicação dos experimentos planejados. O trabalho foi realizado por discentes do curso de licenciatura em química e buscou-se refletir estratégias para que as aulas práticas experimentais fossem rotineiramente ministradas na sala de aula e/ou laboratório, perfazendo um caminho teórico e prático no processo de ensino-aprendizagem, cuja assimilação engrenada dos conceitos e das aplicações dos conteúdos de química possibilita um melhor aproveitamento por parte dos alunos.
PIBID, ensino de química, aulas experimentais
PDF: Relatos de Sala de Aula
Oficina Temática Composição Química dos Alimentos: Uma Possibilidade para o Ensino de Química
DOI: http://dx.doi.org/10.5935/0104-8899.20140035
Maurícius Selvero Pazinato
Mara Elisa Fortes Braibante
Relatos de Sala de Aula
A preocupação com proposições metodológicas, que auxiliem os estudantes na construção do seu próprio conhecimento, tem orientado diversas pesquisas na área de ensino de química. Nesse contexto, as oficinas temáticas surgem como uma alternativa ao ensino tradicional, capaz de auxiliar os professores na contextualização e experimentação dos conteúdos de química. Neste artigo, relatamos a oficina temática Composição química dos alimentos, que foi desenvolvida com estudantes da 3ª série do ensino médio de uma escola pública da cidade de Santa Maria (RS) e também apresentamos os resultados obtidos durante sua aplicação, procurando encontrar indícios de sua contribuição na formação química e social dos estudantes. Ao término dessa intervenção, podemos afirmar que o ensino de química foi favorecido pela utilização da temática alimentos e pela metodologia de ensino aplicada.
oficina temática, alimentos, ensino de química
PDF: Relatos de Sala de Aula
As Contribuições do PIBID no Processo de Formação Inicial de Professores de Química: A Experimentação como Ferramenta na Aprendizagem dos Alunos do Ensino Médio
DOI: http://dx.doi.org/10.5935/0104-8899.20140036
Carina C. Martins
Danielle C. Santos
Gislaine C. dos Santos
Juliana F. C. Sás
Laura M. Roselli
Laís A. Maroubo
Natiza G. M. Borsato
Patricia Borim
Ivo G. da Silva
Silvania Lanfredi
Relatos de Sala de Aula
Este trabalho descreve as atividades desenvolvidas por oito licenciandas do curso de licenciatura em química da UNESP, Campus de Presidente Prudente, com alunos do ensino médio, visando ao processo de formação inicial de professores de química. As atividades consistiram na aplicação de experimentos abrangendo conceitos de química e práticas do cotidiano, com o intuito de incentivar o interesse dos alunos para uma melhor compreensão dos fenômenos químicos e sua relação com os fatos do dia a dia. Os resultados foram analisados por meio da aplicação de um questionário, usado como ferramenta investigativa, que foi aplicado a 50 alunos do ensino médio por meio de amostragem. Os resultados analisados, a partir da interpretação do questionário, apontaram um maior aproveitamento das aulas de química pelos alunos com a realização dos experimentos. As atividades desenvolvidas permitiram que estas fossem inseridas no ambiente escolar, adquirindo experiência e habilidades pedagógicas para a prática da docência.
experimentos, ensino de química, escola pública
PDF: Relatos de Sala de Aula
Construção da Identidade Docente na Licenciatura em Química de um Instituto Federal de Educação Profissional
DOI: http://dx.doi.org/10.5935/0104-8899.20140037
Mara Lúcia Rodrigues Costa
Ana Carla dos Santos Beja
Flavia Rezende
Ensino de Química em Foco
Neste estudo, investigamos como a identidade docente vem sendo construída por três licenciandas em química do IFRJ por meio dos significados que atribuem ao ser professor e ao seu processo formativo e, paralelamente, como o PIBID estaria envolvido nesse processo. Tomamos suas narrativas como enunciados e realizamos uma análise bakhtiniana do discurso. As licenciandas significaram suas vivências educacionais em função de experiências internas e externas ao curso, dando, assim, diferentes significados ao que é ser professor. Apesar dos enunciados das três dialogarem com as disciplinas cursadas, apenas Ada menciona a realidade escolar vivenciada no PIBID. Observamos, no enunciado de Marie, o diálogo com conhecimentos teóricos presentes no curso e a identificação do professor com o papel de mediador, enquanto nos enunciados de Irene e Ada, notamos o diálogo com valores e representações formados nas experiências escolares, sinalizando que modelos anteriores podem resistir ao processo de formação.
identidade docente, licenciatura em química, PIBID
PDF: Ensino de Química em Foco
A Prática da Escrita e Reescrita em Aulas de Química como Potencializadora do Aprender Química
DOI: http://dx.doi.org/10.5935/0104-8899.20140038
Judite Scherer Wenzel
Otavio Aloisio Maldaner
Ensino de Química em Foco
Apresenta-se uma discussão referente ao ensinar e aprender química pelo uso da escrita e da reescrita orientada em aulas de química. A escrita possibilitou ao estudante fazer uso da linguagem química e, com a ajuda sistemática da professora por meio de orientações, ele, ao reescrever o seu texto, mostrou indícios de um maior entendimento químico. Pela prática da escrita e reescrita, o aluno não apenas reproduziu as palavras da química, mas começou a realizar importantes relações conceituais que indiciavam um real aprendizado em química. Escrever um texto fazendo uso coerente das palavras e dos significados químicos historicamente estabelecidos requer um nível cognitivo que supera a simples memorização e que reporta para diferentes níveis de significação conceitual. Os resultados foram construídos mediante a análise textual discursiva dos textos dos estudantes e da professora, com atenção para indícios de apropriação e de evolução conceitual nos alunos e para a interação discursiva estabelecida entre a professora e o estudante. Esse processo foi caracterizado como escrita e reescrita orientada e pode ser norteador de outras práticas pedagógicas no ensino de química.
escrita e reescrita, interação discursiva, linguagem química
PDF: Ensino de Química em Foco
Normas
PDF: Normas para Submisão