Expediente/Sumário
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Surfactantes sintéticos e biossurfactantes: vantagens e desvantagens
DOI: http://dx.doi.org/10.21577/0104-8899.20160079
Lorena de Oliveira Felipe
Sandra de Cássia Dias
Química e Sociedade
O objetivo deste artigo é apresentar as principais vantagens e desvantagens dos surfactantes sintéticos e dos biossurfactantes. Tensoativos ou surfactantes são compostos orgânicos anfipáticos que apresentam em sua molécula uma parte polar e outra apolar. Os surfactantes são amplamente utilizados no nosso dia a dia, estando presentes em produtos de higiene pessoal, detergentes domésticos ou industriais, cosméticos e em alguns alimentos industrializados. Os surfactantes podem ser sintetizados por rota química a partir de derivados do petróleo ou pela via biotecnológica utilizando micro-organismos e matéria-prima renovável. Os surfactantes sintéticos são economicamente mais viáveis. Entretanto, quando comparados aos biossurfactantes, provocam maior impacto ambiental. Dessa forma, os biossurfactantes são uma alternativa promissora e seu consumo tem crescido cada dia mais.
tensoativos, processos biotecnológicos, impactos ambientais
PDF: Química e Sociedade
As visões sobre ciência e cientistas dos estudantes de química da EJA e as relações com os processos de ensino e aprendizagem
DOI: http://dx.doi.org/10.21577/0104-8899.20160080
Fernanda M. Z. Pombo
Marcelo Lambach
Química e Sociedade
O presente artigo tem como objetivo identificar elementos de como os estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA), das disciplinas de Ciências e de Química, veem a ciência e o cientista. É uma pesquisa com estudantes adultos acerca das concepções distorcidas da ciência e da imagem do cientista. Foram utilizados como instrumentos para a coleta de dados um questionário e a criação de um desenho. Esses materiais foram analisados com o propósito de identificar as visões da ciência e do cientista. Foi possível notar que a imagem da ciência e do cientista ainda representam uma visão positivista entre os estudantes da EJA, fato este que representa a necessidade de uma adequada educação científica para tal nível e modalidade de ensino, que procure romper com a concepção de que a produção do conhecimento científico é restrita a poucos, provocando reflexões sobre a necessidade de desmitificar a imagem do cientista, ou seja, do pesquisador, ainda tão presente entre os estudantes. Em contrapartida, constatamos certa mudança de visão sobre quem seja o cientista, ao representar que ele tem atividades em grupo ou familiares durante os horários de lazer.
concepções da ciência, imagem do cientista, educação de jovens e adultos, ensino de química, ensino de ciências
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A experimentação no Ensino de Química para deficientes visuais com o uso de tecnologia assistiva: o termômetro vocalizado
DOI: http://dx.doi.org/10.21577/0104-8899.20160081
Claudio Roberto Machado Benite
Anna M. Canavarro Benite
Fernanda Araújo França Bonomo
Gustavo Nobre Vargas
Ramon José de Souza Araújo
Daniell Rodrigues Alves
Educação em Química e Multimídia
A tecnologia auxilia diariamente pessoas sem deficiência, podendo trazer muitas possibilidades para pessoas com deficiência. Pessoas com deficiência visual também organizam seus conhecimentos e se relacionam com outros indivíduos, desde que sejam apresentadas ao mundo objetivo do vidente considerando sua especificidade. Neste artigo, apresentamos o uso da tecnologia assistiva como ferramenta cultural em experimento sobre a extração do café com alunos deficientes visuais, envolvendo o conceito de temperatura. Os resultados apontam que o ensino de química não só carece de professores para atuar na inclusão como sofre com a escassez de recursos tecnológicos para trabalhar com deficientes visuais em qualquer nível de ensino e que a mediação de experimentos com o uso de tecnologia assistiva permite que esses alunos manipulem variáveis, realizem medidas e aprendam a partir de conteúdos prévios e dados coletados pelos sentidos remanescentes durante a atividade.
experimentação, deficiência visual, tecnologia assistiva, termômetro vocalizado
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O papel da Prática como Componente Curricular na Formação Inicial de Professores de Química: possibilidades de inovação didático-pedagógica
DOI: http://dx.doi.org/10.21577/0104-8899.20160082
Amadeu Moura Bego
Ricardo Castro Oliveira
Roberta Guimarães Corrêa
Espaço Aberto
O objetivo deste artigo é discutir a importância e os fundamentos da Prática como Componente Curricular (PCC) e contribuir para as reestruturações de Cursos de Licenciatura, em função do advento das novas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores. Apresentam-se as concepções e as vivências desenvolvidas para esse componente curricular no Curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal de São Paulo, campus Catanduva. A concepção da PCC como elemento transversal com a distribuição de sua carga horária em disciplinas específicas e pedagógicas, ao longo do curso, permitiu a realização de projetos interdisciplinares que propiciaram o desenvolvimento de competências relacionadas à formação do professor de Química, em particular, o aperfeiçoamento do uso da língua portuguesa, das tecnologias da informação e comunicação e a capacidade comunicativa oral e escrita.
prática como componente curricular, formação inicial de professores, inovação didático-pedagógica
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Caminhos e descaminhos da formação docente: uma análise dos projetos pedagógicos de cursos de Licenciatura em Química no Rio de Janeiro
DOI: http://dx.doi.org/10.21577/0104-8899.20160083
Stephany P. Heidelmann
Gabriela S. A. Pinho
Maria Celiana P. Lima
Espaço Aberto
Este trabalho entende o projeto pedagógico dos cursos superiores como um documento construído pelas instituições de ensino visando descrever não só os objetivos e a organização pedagógica e estrutural do curso, como também o significado que atribuem à formação que se propõem fazer. A estrutura apresentada pelas diretrizes curriculares influencia o tipo de profissional formado e refletirá nas salas de aula de química do Ensino Básico, tornando necessário um estudo deste documento para entender as realidades formativas de futuros professores. Portanto, é realizada uma análise qualitativa comparativa do PPP de três instituições do Estado do Rio de Janeiro, uma particular e duas públicas. Verifica-se que os cursos carecem de um compromisso formativo em consonância com seus objetivos, pois ainda priorizam a pesquisa e a experimentação, práticas referenciadas geralmente aos bacharéis em química e suas atuações em laboratórios, marginalizando o que deveria ser o foco principal, a docência.
projeto político pedagógico, licenciatura em química, formação de professores
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Educação ambiental no Ensino de Química: Reciclagem de caixas Tetra Pak® na construção de uma tabela periódica interativa
DOI: http://dx.doi.org/10.21577/0104-8899.20160084
Aline C. J. S. Wuillda
Camila A. Oliveira
Jéssica S. Vicente
Antonio C. O. Guerra
Joaquim F. M. Silva
Relatos de Sala de Aula
O presente trabalho foi realizado por bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com alunos de Ensino Médio modalidade Normal (formação de professores), objetivando o desenvolvimento da temática ambiental durante o estudo da tabela periódica. A atividade consistiu na construção de uma tabela periódica interativa a partir da reciclagem de embalagens Tetra Pak®, de forma a promover a conscientização social para preservação do meio ambiente. O projeto permitiu abordar em sala de aula a problematização dos impactos ambientais e o incentivo a atitudes sustentáveis, auxiliando na formação da cidadania. Além disso, possibilitou a interação entre a química e o cotidiano dos alunos, facilitando o aprendizado da tabela periódica, bem como a organização dos elementos químicos e suas propriedades periódicas, já que os próprios alunos são os responsáveis pela sua confecção.
educação ambiental, tabela periódica, reciclagem, cidadania
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Chocoquímica: construindo conhecimentos acerca do chocolate por meio do método de aprendizagem cooperativa Jigsaw
DOI: http://dx.doi.org/10.21577/0104-8899.20160085
Brenno Ralf Maciel Oliveira
Neide Maria Michellan Kiouranis
Marcelo Leandro Eichler
Salete Linhares Queiroz
Relatos de Sala de Aula
O chocolate pode potencializar discussões relevantes no ensino de química. Com base nisso, uma atividade didática utilizando o método cooperativo Jigsaw foi elaborada e desenvolvida em uma universidade paranaense, com bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência do Curso de Química, buscando-se analisar suas potencialidades no processo de ensino e de aprendizagem de conteúdos científicos, sociais e econômicos relacionados ao tema. Os dados foram coletados por meio de pré-teste, pós-teste e registros do pesquisador. Os resultados indicaram incidência importante de aspectos qualitativos e quantitativos da composição química do chocolate, no pré-teste, enquanto que no final, além desses aspectos, a história do chocolate, a produção e cultivo do cacau também foram contemplados nas respostas. A atividade proporcionou um ambiente de interação, reflexão e informação propício à construção de conhecimentos sobre o chocolate, ampliando assim a visão acerca do tema.
ensino de química, trabalho cooperativo, PIBID
PDF: Relatos de Sala de Aula
O escorpião fluorescente: Uma proposta interdisciplinar para o Ensino Médio
DOI: http://dx.doi.org/10.21577/0104-8899.20160086
Juliano A. Elias
Andréa C. e Carvalho
Gérson S. Mól
Experimentação no Ensino de Química
Escorpiões são animais que amedrontam e fascinam. São aracnídeos relativamente comuns e suas ferroadas causam lesões de gravidade variada, podendo mesmo levar à morte. É importante conhecer esses animais e prevenir acidentes, especialmente em regiões nas quais a presença humana se sobrepõe aos seus habitats. Uma característica pouco conhecida e que permite identificar escorpiões à noite é a fluorescência que seu corpo manifesta em presença de radiação ultravioleta, a popular luz negra. Este trabalho apresenta elementos para a elaboração de uma proposta interdisciplinar para o Ensino Médio, a partir da análise do fenômeno do ponto de vista da Química (substâncias orgânicas fluorescentes), da Biologia (possíveis vantagens evolutivas), e da Física (radiações eletromagnéticas envolvidas).
interdisciplinaridade, fluorescência, escorpião
PDF: Experimentação no Ensino de Química
A polissemia da palavra “Experimentação” e a Educação em Ciências
DOI: http://dx.doi.org/10.21577/0104-8899.20160087
Rafael Cava Mori
Antonio Aprigio da Silva Curvelo
Cadernos de Pesquisa
O artigo analisa a polissemia da palavra experimentação no contexto da Educação em Ciências, a partir da filosofia da linguagem expressa em obras do chamado “Círculo de Bakhtin”. Primeiramente, são discutidos os conceitos de tema e de significação, conforme definidos por Voloshinov. A seguir, faz-se o levantamento de um material empírico, consistindo no conjunto de significações correntes da palavra experimentação (e palavras derivadas), conforme registradas em dicionários. A partir desse material, sugere-se uma estrutura para o conceito de experimentação, consistindo na proposta de três domínios semânticos cujos conteúdos concorrem para a significação dessa palavra. Um breve estudo histórico mostra como esses domínios são preenchidos por diferentes conteúdos ao longo da trajetória do ensino das ciências. Finalmente, considerando a historicidade dessa estrutura do conceito em investigação, aventam-se possibilidades para estudos futuros, tomando-se em consideração as relações entre experimentação no ensino e tendências pedagógicas, sejam elas hegemônicas ou contra hegemônicas.
experimentação no ensino, Filosofia da linguagem, Círculo de Bakhtin, Tema e significação, Epistemologia Pedagogias críticas.
PDF: Cadernos de Pesquisa
Revista Completa 39-3
PDF: Revista Completa
Normas
PDF: Normas para Submisão